Em ano de Copa, executivos entram em campo no Morumbi

Termina o hino nacional no Estádio do Morumbi, e os jogadores se aquecem. Em campo, os atletas não têm passes milionários – mas comandam empresas, essas sim, que movimentam bilhões na economia brasileira.

“É um sonho de menino”, diz Sergio Chaia, presidente da Nextel, que entrou em campo neste sábado ao lado de outros grandes executivos do país.

Organizado pelo publicitário Décio Clemente, o Líderes em Campo reúne, há oito anos, executivos e ex-jogadores famosos em jogos superproduzidos, com direito a dois repórteres em campo, um locutor profissional, um comentarista e gravação em alta definição. “A gente realiza o sonho que todo menino teve de ser jogador de futebol“, diz o organizador do evento.

Este ano, Chaia, Geraldo França, presidente da Sodexho, e Marco Nunes, da Nestlé, entre outros, dividiram o campo com os ex-jogadores Ronaldão e Amoroso.

“Eles têm o prazer de encontrar já no vestiário um jogador profissional por equipe. Zico, Careca, Amoroso, Vampeta, Palhinha, Muller já estiveram lá. O Zagalo já esteve lá. O Dinamite já jogou“, diz Clemente.

“Significa um sonho de criança, pra todo mundo que está lá“, concorda Marco Nunes, da Nestlé. “Todos os ex-jogadores, independente de ter jogado no seu time de coração, são importantes, acaba marcando também“.



Mais que o futebol
Para colocar esses executivos de peso em um campo de futebol em pleno sábado, no entanto, é preciso mais que o esporte. “É uma grande oportunidade de as pessoas fazerem relacionamento”, diz Clemente.

“É muito emocionante participar do evento, você conhece várias pessoas, faz uma rede de amizades. E joga com gente que foi seu ídolo de infância”, diz França, da Sodexho. “Tem um lado da realização de um sonho, e também de ter relacionamento que pode gerar futuros negócios. É uma combinação perfeita“, concorda Nunes, da Nestlé.

Além disso, os recursos arrecadados com o evento são usados na compra de alimentos para famílias carentes – 280 toneladas deles até agora, nas contas do organizador.

“O objetivo é estar junto de uma boa causa, e aproveitar para fazer um trabalho de relacionamento, de aproximação, de pessoas que ali comparecem, que têm ou podem vir a ter relacionamento com banco”, diz o vice-presidente do Bradesco, Laércio Albino Cézar. Ele, no entanto, não entra em campo: “Já passou da minha idade de bater uma bolinha como eu gostaria”, diz.

Custo
Como todo sonho, jogar bola com os profissionais em um estádio tem seu custo: a empresa interessada em participar pagar R$ 100 mil anuais pelo direito de levar três pessoas a cada uma das três edições do Líderes em Campo.

“Dessa cota, nós pagamos todas as despesas e ainda compramos 10 toneladas de alimentos”, diz Clemente.

Fonte: G1





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