Polícia libera nove suspeitos detidos após vandalismo em Paraisópolis no Morumbi

A Polícia Civil liberou nove suspeitos de participar da onda de vandalismo nesta segunda-feira (2) na favela de Paraisópolis, Zona Sul de São Paulo, que deixou cinco pessoas feridas e carros destruídos.

Segundo a polícia, os nove detidos foram liberados após prestarem depoimento no 89º Distrito Policial (Portal do Morumbi).

Um grupo de vândalos enfrentou a polícia em batalhas de rua em Paraisópolis, uma das mais conhecidas favelas de São Paulo, situada junto a bairros de luxo. Os baderneiros atacaram veículos e lojas, promoveram saques e montaram barricadas com móveis, carros e pneus ardendo. Quatro policiais e um morador ficaram feridos.

PM ocupa a favela

Mesmo depois do fim do confronto, a Polícia Militar continuou ocupando a favela. Os policiais fizeram uma operação “pente fino”. Qualquer pessoa que estivesse nas ruas era abordada e revistada. Tudo isso para evitar que o tumulto recomeçasse.

Nove pessoas foram detidas. A empregada doméstica Maria da Silva diz que o filho é coletor de lixo e foi levado por engano.

“Eu sou honesta, ele é honesto, todo mundo aqui é trabalhador. Aqui não tem ladrão não. A gente mora na favela, mas temos dignidade”, falou Maria.



O fotógrafo Durval da Silva, morador da favela, levou um tiro no ombro durante o confronto e foi socorrido pelos vizinhos.

À noite, o secretário de Segurança Pública de São Paulo, Ronaldo Marzagão, voltou a afirmar que a situação na favela estava controlada.

“Está sob controle no sentido de que as questões mais graves e mais emergenciais estão resolvidas. É evidente que são necessárias investigações posteriores, mas, enfim, as partes mais latentes já passaram”, declarou Marzagão.

Saiba mais sobre o local

A favela de Paraisópolis, na Zona Sul, é a segunda maior da cidade de São Paulo, ficando atrás apenas da favela de Heliópolis. Ela está situada no meio de uma das áreas mais caras da cidade, o bairro do Morumbi.A favela tem mais de 84 mil moradores, segundo a Subprefeitura de Campo Limpo.

O local é considerado com um dos mais perigosos da cidade em índices de criminalidade e violência, segundo o Núcleo de Estudos da Violência da Universidade de São Paulo. A favela é composta de três complexos (Paraisópolis, Jardim Colombo e Porto Seguro) que ocupam uma área de um milhão de metros quadrados. Parte dos moradores vive em área de risco, a passagem do Córrego do Brejo. A população da favela também enfrenta problemas nas infra-estruturas da rede de água, esgoto e drenagem.





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