Após ter casa assaltada, morador se diz inseguro na região do Morumbi

O estudante Edgar Pinto de Souza, 18, morador do Morumbi, bairro nobre da zona sul de São Paulo, disse se sentir inseguro por morar ao lado da favela de Paraisópolis, a segunda maior da cidade. Quatro pessoas foram presas sob suspeita de assaltar a casa de Souza, que fica no condomínio Jardim Vitória, na noite de terça (30).

“Eu acho bem perigoso [morar aqui] pelo fato de ser ao lado da [favela] Paraisópolis. O Morumbi está bem perigoso”, disse Souza ao ser questionado se sentia seguro onde mora.

Segundo o estudante, a empregada estava sozinha quando viu pessoas entrarem na casa, localizada no condomínio Jardim Vitória Régia, pelo circuito interno de câmeras no bairro do Morumbi. O crime ocorreu por volta das 23h. Um suspeito conseguiu fugir.

Ao perceber a presença de estranhos, a mulher fugiu para um dos quartos da casa e tentou ligar para a polícia. Como não conseguiu, pulou o muro e foi para a casa vizinha, dos mesmos donos.

Após acionar o socorro policial, a mulher alertou pessoas que passavam em frente à residência sobre a ocorrência. Uma das pessoas era um policial, que estava armado passeando com o cão com outra pessoa.



Um suspeito que estava dando cobertura em uma mata que fica atrás da casa, fez um disparo para avisar os companheiros de crime de que algo de errado havia ocorrido e fugiu em direção à favela de Paraisópolis, que faz divisa com o condomínio. O policial então também deu um tiro.

A polícia cercou o local, entrou na casa e deu voz de prisão para Jackson da Paixão Brito, Bruno Ferreira da Silva, 23, Felipe da Silva Lima, 18, e para o adolescente. Eles estavam armados com revólver e pistola, e carregavam objetos em sacolas e bolsas.

O estudante disse que os suspeitos escoraram três bambus para fazer uma ponte e chegar à casa dele. Souza disse que ouviu relatos de vizinhos que tiveram rádios de carros e outros furtos no bairro.

O caso foi registrado no 89°DP (Jardim Taboão) e será investigado como tentativa de roubo, formação de quadrilha, porte de arma e corrupção de menor.

A reportagem não conseguiu entrar em contato com os advogados dos suspeitos.

Fonte: Folha.com





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